terça-feira, 19 de julho de 2011

Saúde : um bem precioso.

A saúde é o bem mais precioso do Homem. Preservar a saúde tem sido uma preocupação de todos os povos: desde a medicina mágica praticada pelos antigos curandeiros até ao presente, os avanços no tratamento da doença e na promoção da saúde foram constantes e extraordinários.
Todos temos influência na saúde e no bem estar pessoal e colectivo, com os nossos comportamentos, os nossos hábitos e o modo como nos relacionamos com o ambiente e com os outros.


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde é "um estado completo de bem-estar físico, psíquico e social de um individuo e não só a ausência de doença ".
Alguns especialistas consideram que o completo "bem-estar" é impossivel de atingir, mas é muito importante que se procure continuamente atingir esse objectivo.
Para assegurar o bem físico e psíquico das pessoas e para que estas possam manter um relacionamento equilibrado e harmonioso com o meio deverão ser cumpridos um conjunto de normas e atitudes.
A adopção desses procedimentos leva a comportamentos mais saudáveis, a ambientes de melhor qualidade e à diminuição de situações de risco.
Na realidade, a sociedade em que vivemos confronta-se com problemas gravíssimos que como "Tentáculos de um polvo" tentam sufocá-la.
O alcoolismo, o tabagismo, a dependência de outras drogas, as doenças de dificil controle (cancro, sida, tuberculose, hepatite, etc) e a  poluição, um mal social que nos toca a todos e para o qual todos contribuimos são "pesadelos" que afectam cada vez mais o Planeta e a Humanidade.

Está mais do que na hora, de cada um de nós ser responsável: o nosso   comportamento pode ajudar muito, tanto na prevenção como na resolução  destes problemas.


 "Sejamos pseudópodes activos da sociedade e acreditemos num futuro melhor"
Júlia Conde




Nutrição é Vida: dos insectos estaladiços ao hamburger

Todos os seres vivos necessitam de se alimentar para sobreviver.
No ser humano a alimentação é, sem dúvida, o principal factor condicionante da saúde. Desde que nascemos que a alimentação é muito importante para o nosso desenvolvimento, dependendo dela a possibilidade de diminuir ou aumentar o risco do aparecimento de certas doenças. Por esta razão, é importante saber escolher os alimentos. Esta aprendizagem deve começar cedo, visto haver tendência de os hábitos alimentares se manterem durante toda a vida. Assim, o organismo deve receber uma alimentação equilibrada, pois, se não ingere alimentos em quantidade e qualidade adequadas, não se desenvolve correctamente, não cria defesas para resistir a doenças e envelhece antes do tempo. No entanto, uma alimentação com excessos é tão perigosa para a saúde como uma alimentação insuficiente. Comer bem não significa comer muito e quanto mais variada for alimentação, melhor.



“O Homem é o único animal que não come segundo as suas necessidades.”
                                      Isabel do Carmo em Saúde em tempo de risco.
Esta frase demonstra-nos que o Homem nem sempre respeita as necessidades do organismo: a maioria das vezes voluntariamente e muitas vezes obrigado por circunstâncias alheias à sua vontade.
Uma alimentação desequilibrada acarreta numerosas complicações de diferente grau de complexidade e gravidade. Pode provocar problemas de cansaço, de memória, de digestão, cáries e doenças como: a diabetes, a arterosclerose, a obesidade, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outras.

Comer demasiado: obesidade
A obesidade é uma doença que se caracteriza pela acumulação excessiva de gordura corporal, ou seja, excesso de peso. Pode ter várias causas. Uma dieta desequilibrada, a ansiedade, o sedentarismo ou origem genética. Pode ter consequências graves como: a diabetes, doenças cardiovasculares, problemas respiratórios, etc.
A obesidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como sendo a doença do século XXI. A obesidade é uma epidemia que afecta o mundo inteiro: actualmente mil milhões de pessoas sofrem de excesso de peso.
 Segundo o mesmo organismo uma em cada dez crianças é obesa. Crianças obesas têm fortes probabilidades de se tornarem adultos obesos com graves problemas de saúde.
Há que contrariar os hábitos que enchem a infância de muitos quilos a mais: gorduras excessivas, muitos doces, muitas horas em frente da televisão e ao computador, pouco exercício físico, etc.
Por outro lado, estudos comprovam que o marketing e a publicidade aos produtos alimentares para crianças influenciam as suas preferências, condicionam a decisão de compra e os hábitos de consumo. A maioria destes alimentos têm excesso de gordura, açúcar e sal.

Alerta: saber dizer não. Os adultos devem negar com firmeza a compra desses produtos, explicando às crianças, de forma concisa e clara a razão da sua negação, sugerindo em seguida, produtos mais saudáveis.

Gordura não é formosura e faz mal à saúde.



Comer mal: anorexia e bulimia
A anorexia nervosa é um distúrbio em que o indivíduo recusa alimentar-se, manifestando um medo anormal de engordar. A anorexia conduz ao desaparecimento do tecido muscular, ao qual o organismo recorre para obter a energia de que necessita, visto não a poder obter através de uma alimentação regular e equilibrada.
Afecta principalmente jovens do sexo feminino com problemas psicológicos nomeadamente uma baixa auto-estima (complexos), que acabam por ter uma imagem distorcida da sua real imagem, pois mesmo extremamente magras continuam a ver-se gordas. Como consequência pode ocorrer desnutrição grave e distúrbios físicos e mentais que podem causar a morte.
 A bulimia nervosa caracteriza-se por uma preocupação com a imagem corporal e com o peso. Afecta principalmente jovens do sexo feminino, caracterizando-se pela ingestão de grande quantidade de alimentos rapidamente (compulsivamente) sem fome nem prazer, seguindo-se a tentativa de expulsão dos mesmos através do vómito ou da utilização de laxantes, causada por sentimento de culpa.
Causa lesões na boca e no tubo digestivo e pode provocar carência de minerais e vitaminas. Estes factores poderão ter efeitos muito prejudiciais na saúde, podendo ser mortais.

A moda e a magreza associadas à ideia de beleza e sucesso contribuem para o desenvolvimento destas doenças.

Mal comer: fome



A fome é a falta de nutrientes indispensáveis na alimentação diária. Afecta o crescimento e o desenvolvimento intelectual, e diminui a resistência às doenças. Mais de 800 milhões de pessoas passam fome, estima-se que a fome mata todos os dias 25000 dessas pessoas, muitas delas crianças.


Uma alimentação equilibrada e suficiente é aquela que fornece ao organismo todos os nutrientes necessários à Vida e nas quantidades adequadas.
As necessidades do organismo variam de pessoa para pessoa, com a idade, o género, o estado de saúde, o clima da região onde vive, a sua actividade principal, etc. Portanto, comer bem não significa comer muito.
Para nos ajudar a fazer uma alimentação equilibrada, existe a Roda dos Alimentos.
A Roda dos Alimentos aconselha, em cada refeição, a:



• Escolher, pelo menos, um alimento de cada sector;
• Variar o mais possível os alimentos dentro de cada sector, pois eles são semelhantes entre si;
• Comer em maior quantidade os alimentos dos sectores de maior área da roda e em menor quantidade os alimentos dos sectores de menor área.


Cuidados a ter com a alimentação

Seguir as informações dadas pela Roda dos Alimentos;    
Tomar sempre um bom pequeno almoço;
Comer pelo menos de três em três horas;
Diminuir o consumo de gorduras, açúcar e sal;
Evitar comer em exagero, pois dificulta a digestão e dilata o estômago;
Não consumir bebidas alcoólicas nem refrigerantes;
Preparar convenientemente os alimentos.
           

Amiga de longa data: a sopa

O hábito alimentar de comer sopa encontra-se enraizado nas culturas dos povos do sul da Europa desde o período Neolítico. Julga-se que o início da técnica de cozedura de alimentos em água tenha surgido há cerca de cinco mil anos, aquando da invenção de recipientes à prova de calor, proporcionando inúmeras vantagens sobre a cozedura em ar quente por cima de fogueira comummente usada pelos nossos antepassados. A sua confecção evoluiu ao longo dos tempos. 
 
O consumo da sopa tem vindo a desenraizar-se dos hábitos alimentares dos Portugueses com consequências nefastas, principalmente para as crianças/jovens, já que o consumo de legumes era feito, quase na totalidade, através dela.

A relutância em consumir estes alimentos, aliada ao aceleramento do ritmo de vida, à moderna comida plástica e à sua  conotação com a pobreza, apresentam como consequências imediatas indivíduos com problemas nutricionais e, portanto, mais susceptíveis a contrair determinadas doenças.

A sopa é um hábito a recuperar

A Magia da sopa:

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=A-importancia-de-comer-uma-sopa.rtp&headline=20&visual=9&tm=2&article=287854
• É de fácil digestão;                                          
• É reguladora do apetite;
• Oferece uma grande riqueza de vitaminas e sais minerais; 
• Tem uma grande quantidade de fibras;                                  
• Não produz substâncias cancerígenas;
• Previne a obesidade, não engorda;
• É importante para o bom funcionamento do intestino;
• É reguladora dos níveis de colesterol, prevenindo as doenças cardiovasculares;
• Equilibra dietas desequilibradas;
• Fornece ao organismo consideráveis quantidades de água.
      

Drogas por todo o lado

Para a OMS (Organização Mundial de Saúde), “droga é qualquer substância natural ou sintética que, ao ser fumada, inalada, ingerida e injectada, provoca alterações psíquicas, sentidas como agradáveis numa primeira fase, mas que cria dependência tornando as pessoas incapazes de viverem normalmente e integradas em sociedade”. Qualquer substância pode ser considerada tóxica para o organismo, caso altere o seu funcionamento. O grau de toxicidade depende da quantidade ingerida e do tempo de ingestão.
A mesma substância pode ser um medicamento quando utilizada correctamente e uma droga quando o seu uso, é inadequado conduzindo à dependência física e psíquica ― ex: a morfina ― substância presente no ópio, que é utilizada no tratamento da dor nomeadamente na dor crónica. É a primeira escolha após uma cirurgia, no cancro e outras situações graves. A morfina pode, assim, ser utilizada em tratamentos médicos, sob receita médica e controlo médico, mas o seu consumo noutras circunstâncias não é permitido. A sua aplicação enquanto medicamento é cuidadosamente avaliada e analisada caso a caso, em virtude da grande dependência física e psíquica que ocasiona. 
Tendo estas informações presentes e simplificando, podemos classificar as drogas em duas categorias: drogas lícitas ou legais (medicamentos, tabaco e álcool) e drogas ilícitas ou ilegais (heroína, haxixe, marijuana, LSD, cocaína e ecstasy).  
Medicamentos: Com receita médica e de venda livre
Medicamentos com receita médica: são exclusivamente vendidos em farmácias sendo receitados para fins medicinais, mas normalmente alguns deles, são usados abusivamente originando situações graves ao consumidor ― tranquilizantes e barbitúricos.
Medicamentos de venda livre: podem ser comprados em farmácias ou em parafarmácias ― xaropes para a tosse, antigripais, descongestionantes nasais, anti-histamínicos, paracetamol,…etc.
Todos estes medicamentos e outros semelhantes, possuem na sua composição princípios activos, que podem devido ao uso incorrecto e abusivo, provocar situações graves ao consumidor.


Prazeres que destroem / matam: tabaco e álcool
Tabaco: utilizado por certas populações do continente americano desde remota antiguidade, sobretudo com fins mágicos e religiosos, o tabaco só foi conhecido pelas populações europeias depois da descoberta da América por Cristovão Colombo, em 1492.
O seu uso estendeu-se, em breve, da Península Ibérica a outros países e, apesar de algumas medidas severas de proibição, nomeadamente na Turquia, Rússia e Japão, no século XVIII já era praticamente conhecido em todo o mundo civilizado.

O consumo do tabaco era algo que, até há muito pouco tempo, não tinha a importância que hoje tem. A expansão deste consumo deveu-se essencialmente a: ao início da fabricação dos cigarros enrolados em papel (até aí, fumava-se apenas charuto ou cachimbo, além de se mascar tabaco e inalar rapé), ao elevado consumo nas duas Grandes Guerras Mundiais, às migrações de um continente para outro, ao comércio, à generalização das viagens entre os diferentes lugares do planeta e à contribuição do sexo feminino.






Muitos fumadores têm a ilusão de que controlam o tabaco, mas a realidade é outra: o tabaco controla-os. Esta dependência chama-se tabagismo e a substância responsável pela habituação chama-se nicotina

Quais os perigos do tabagismo?
O consumo de tabaco está directamente relacionado com vários tipos de cancro: da boca, do pulmão, da bexiga, e do útero. Pode ainda provocar bronquite, insuficiência respiratória, enfisema, infecções pulmonares, doenças do coração e problemas de coagulação do sangue. Nas grávidas, o consumo de tabaco atrasa o crescimento do feto e pode ser causa de malformações, baixo peso ao nascer e síndrome de morte súbita do bebé. O consumo de tabaco na infância e na adolescência tem consequências imediatas. É lesivo para a maturação e função pulmonares, contribui para agravar ou dificultar o controle da asma e sintomatologia respiratória como a tosse a expectoração, diminui o rendimento físico e altera os lípidos do sangue.
Os não fumadores chamados fumadores passivos sofrem a exposição ao fumo do tabaco sempre que têm de compartilhar o meio ambiente em que se encontram com fumadores ficando expostos aos mesmos riscos de saúde.
Todos estes malefícios do consumo do tabaco se devem a substâncias tóxicas tais como: o alcatrão, a acetona, a terebentina, o formol, a naftalina, a amónia, o cianeto, monóxido de carbono,...etc.
Todos os produtos do tabaco são nocivos não havendo um limiar seguro de exposição
Actualmente, apesar dos avisos explícitos dos malefícios do consumo que surgem nos maços de tabaco, continua a registar-se elevada mortalidade ligada ao seu consumo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta seja fumadora, o total anual de mortes devido ao uso do tabaco atingiu os 4 milhões ― 10 mil mortes por dia.


Fumar não vale a pena!
Um mundo melhor e sem tabaco é possível
Consegui-lo está nas nossas mãos
O consumo do tabaco tem início, habitualmente, durante a adolescência ou o início da idade adulta. Sabe-se que quanto mais precoce é o contacto com o consumo de tabaco, maior será a propensão para o consumo regular na idade adulta. Não existe uma simples e única explicação para a iniciação e para a manutenção do consumo verificando-se, antes uma conjugação de múltiplos factores ― genéticos, psicológicos, económicos, sociais e culturais.
Para grande parte dos jovens, fumar é um gesto carregado de simbolismo ― afirmação pessoal, identificação com a idade adulta, para melhorar a auto-imagem e a auto-estima, para ser aceite no grupo de pares, para estar na moda. Alguns jovens no entanto, começam a fumar simplesmente por curiosidade.
A importância de saber dizer “não”
Graças às técnicas de publicidade e marketing cada vez mais subtis e engenhosas especialmente direccionadas para grupos-alvo vulneráveis como os jovens e os adolescentes pela indústria do tabaco, o consumo e a angariação de novos fumadores tem-se mantido apesar das medidas de prevenção adoptadas pela maioria dos governos.
Ser corajoso: Custa recusar, porque requer coragem para não seguir o caminho dos outros. Mas conhecer os efeitos prejudiciais do tabaco ajuda a dizer “não”. É desnecessário discutir ou justificar, apenas dizer claramente “não”!
Dizer "não" em muitas ocasiões da vida permite-nos fazer o que desejamos e não o que os outros querem. Um jovem autónomo e informado sabe dizer "não" quando é preciso.
Benefícios que um fumador poderá obter ao deixar de fumar.

Não Obrigada!
Após 20 minutos - normalização dos niveis de pressão sanguínea e da pulsação.
Após 8 horas - o monóxido de carbono dos vasos sanguíneos desparece quase por completo.
Após 48 horas - melhoria do olfacto e do gosto. O risco de ataque cardiaco diminui.
De 1 a 9 meses - desaparecimento da congestões, fadiga e dificuldades respiratórias.
1 ano - diminuição para cerca de 50% do risco do cancro no pulmão, na laringe e no esófago.                                                                                                          
10 anos - o risco do cancro no pulmão, na boca, no pâncreas ou no esófago passa a ser idêntico ao dos não fumadores.


Álcool ― há, evidências de que, desde aproximadamente 4000 anos antes de Cristo, já se consumiam bebidas alcoólicas, embora de forma diferente da actual. Inicialmente, o uso destas substâncias tinha um carácter ritual mágico e religioso. Porém, o álcool ultrapassou rapidamente a fronteira de qualquer ritual, obrigando algumas civilizações a regularizar o seu consumo. Por exemplo, no famoso código do rei Hammurabi da Mesopotânia, há uns 1700 anos a.C., foram elaboradas várias leis sobre a regularização da venda e do consumo de cerveja. Com o aparecimento da técnica de destilação e a descoberta do alambique na Idade Média, século IX, foi possível elaborar bebidas de graduação mais elevada. Sabe-se que o aparecimento das bebidas alcoólicas ocorreu de forma diferente no velho e no novo continente, apesar de posteriormente na época das descobertas e das colonizações ter ocorrido uma expansão de diferentes tipos de bebidas alcoólicas em ambas as direcções. Porém, é já em pleno século XX, sobretudo na segunda metade, quando tem lugar a grande expansão do consumo de álcool a nível mundial. Isto deveu – se aos movimentos migratórios, ao aumento do fabrico, da industrialização e da comercialização de todo o tipo de bebidas alcoólicas.
Porquê tanto alarido?
 As pessoas fabricam e consomem álcool há centenas de anos, e ele faz parte do dia-a-dia de uma sociedade. A grande tolerância social que existe em relação ao álcool faz com que seja considerada uma substância pouco perigosa, o que contribui para o seu consumo. O consumo de álcool predomina no mundo ocidental, tendo se tornando  desregrado e com consequências profundamente nefastas para o seus consumidores. O álcool é uma droga poderosa e viciante. O consumo continuado e excessivo de álcool, leva à dependência e a um estado de intoxicação e descontrolo denominado alcoolismo.
Os efeitos do álcool no organismo dependem de vários factores, tais como: a quantidade ingerida, a duração, se é ou não consumida durante as refeições, o peso da pessoa, o sexo, a tolerância, o estado de ânimo e se é consumido com outras drogas ou medicamentos.  
O consumo excessivo de álcool prejudica gravemente a saúde, causando falta de concentração, de memória, irritabilidade, agressividade, hipertensão, endurecimento das artérias, destruição dos glóbulos brancos, cirrose hepática, gastrite, úlceras do estômago. Na grávida, origina malformações no feto e baixa o coeficiente intelectual do bebé, uma vez que danifica o sistema nervoso em desenvolvimento.
O consumo de bebidas alcoólicas antes dos 18 anos é totalmente inapropriado por razões biológicas, ou seja, o organismo está em crescimento e em maturação, pelo que o álcool permanece mais tempo em circulação no sangue, pois o fígado não possui ainda a capacidade de o degradar.
Embora o comportamento de beber álcool seja socialmente aceite, o mesmo não acontece com o alcoolismo. O alcoolismo, é uma doença com consequências muito graves para a sociedade. O alcoolismo está na origem de: 40 a 50% dos acidentes de viação mortais, 20 a 25% dos acidentes de trabalho, agressividade, delinquência e criminalidade, violência doméstica e maus tratos a crianças e jovens, desagregação das famílias e perda de amigos, perda de emprego e problemas financeiros, baixo rendimento escolar e absentismo nas crianças e jovens.
Se o álcool é uma droga, porque é que a sociedade não a proíbe?
As sociedades modernas são complexas e, por vezes contraditórias.
A ligação homem - álcool mantém-se forte e quase inabalável ao longo dos anos, apesar de hoje em dia, sabermos que os malefícios do álcool são inúmeros. A indústria do álcool emite frequentemente mensagens através da publicidade que conduzem ao consumo do álcool. Anúncios na televisão, revistas, cartazes publicitários, divulgação de concertos, eventos desportivos, etc, encontram-se por detrás desse chamamento ao consumo.
A publicidade associa a bebida alcoólica aos valores e estímulos atractivos para os adolescentes e jovens que constituem públicos - alvos vulneráveis.
Em 1995 foi aprovada em Paris a Carta Europeia sobre o álcool. É um documento que compromete os governos signatários (entre eles Portugal), a promoverem campanhas de informação sobre as consequências do álcool na saúde, na família e na sociedade, a tomarem medidas para o controle efectivo da venda de bebidas, designadamente aos adolescentes e jovens, a proibirem a ligação do álcool a espectáculos e acontecimentos desportivos, a responsabilizarem vendedores e publicitários, a desencorajarem a condução sob o efeito do álcool, assegurarem o tratamento e a reabilitação dos alcoólicos.
Não é fácil em nome da saúde proibir o álcool, pois os padrões de consumo estão profundamente enraizados e combinados com a tradição podem tornar o ritmo da mudança muito lento. Anonimamente ou de forma institucional, no dia-a-dia da nossa actividade ou integrando grupos de pressão, todos temos o dever de assumir as nossas responsabilidades e contribuir, enquanto cidadãos conscientes, para a mudança necessária e imprescindível, e a pouco e pouco vão se ganhando batalhas que podem parecer pequenas, mas que na realidade são enormes e impensáveis há uns anos.
As iniciativas sustentáveis e a longo prazo de sensibilização para o conceito de moderação e responsabilização para o mau uso de qualquer tipo de álcool são de incentivar e louvar.
A problemática é: O consumo abusivo e não o consumo em si.
         

Regras de Moderação
Devem dizer NÃO às bebidas alcoólicas: crianças e jovens até aos 18 anos de idade, mulheres grávidas e a amamentar, pessoas durante o trabalho e a condução rodoviária e doentes alcoólicos tratados.
Poderão consumir bebidas alcoólicas: indivíduos adultos saudáveis que poderão fazê-lo em doses moderadas, a ingestão de bebidas alcoólicas destiladas deve ser uma situação excepcional, o adulto não deve ultrapassar 1/4 de litro de vinho ou duas cervejas repartidas pelas duas principais refeições; a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera consumos sem risco os que se situam abaixo de 20 g de álcool por dia.
Do êxtase à agonia: drogas ilícitas
Existem drogas ilícitas que têm um passado legal e respeitável (ex: cocaína, ópio, etc), mas que, devido à inconsciência, egoísmo e ganância de uma minoria de indivíduos se tornaram “verdadeiros pesadelos” para a sociedade.
O consumo de drogas como a heroína, cocaína, LSD, cannabis (marijuana e haxixe) entre outras, afecta o sistema nervoso, cria habituação e dependência, altera as noções de tempo e de espaço, provoca alucinações e confusão mental. Para além disso, causa perda de apetite e peso e, na ausência forçada do consumo, dores violentas, náuseas, vómitos e convulsões. As drogas provocam dependência e perda de prazeres e interesses. Põem em causa a amizade, a sensibilidade, a ternura, a sexualidade…. O indivíduo é levado ao isolamento e à destruição.
A apetência anormal ou prolongada, manifestada por determinados indivíduos, por substâncias tóxicas ou drogas, cujo efeito analgésico, euforístico ou dinâmico conheceram acidentalmente ou procuraram voluntariamente chama-se toxicodependência.
 Esta apetência torna-se rapidamente um hábito tirânico e origina na maioria dos casos uma decadência física e mental do indivíduo. Este hábito prejudica a sociedade, pois um toxicodependente causa grande sofrimento e destrói a harmonia na família e na comunidade. O tráfico de drogas, a criminalidade e as infecções relacionadas com a droga constituem grandes problemas sociais e económicos.
A bomba sintética: ecstasy
Existem drogas ilegais perigosas, de oferta e consumo fácil, como os comprimidos de ecstasy, com o objectivo de ter energia para noites de grande folia em locais de diversão nocturna. Droga sintética de fabrico fácil, sem grandes conhecimentos químicos, podendo ser feita em pequenos laboratórios desmontáveis que se têm espalhado por toda a Europa. Afirmações como “não causam vício” e “os efeitos secundários são mínimos” são comuns entre os consumidores e instigadores ao consumo. No entanto, as mortes em consequência do consumo são uma realidade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o ecstasy uma droga dura e perigosa, sendo preocupante o desconhecimento dos adolescentes/jovens relativamente aos seus efeitos e consequências para a saúde do organismo. Os comprimidos de ecstasy são autênticas “bombas” que vão destruindo as ligações entre as células nervosas, danificando-as e provocando depressões nervosas. Por outro lado, alteram a regulação da temperatura corporal, desencadeando “golpes de calor”, desidratação e morte.


A vida por um fio: valerá a pena?
Procurar na droga soluções ou escapes para a angústia, ou os caminhos do prazer de que nos sentimos privados é uma falsa saída. Significa, pelo contrário, anular o sentido das coisas e perder o contacto connosco próprios e com os que nos rodeiam. A droga, mesmo quando na fase inicial dos consumos parece ser agradável e inócua, conduz-nos sempre inevitavelmente à solidão, ao vazio e a uma enorme dor física e mental ― é um prazer que faz sofrer.
Várias são as razões que levam os adolescentes/jovens a consumir droga: curiosidade e gosto pelo risco, pressão dos amigos, vontade de pertencer a um grupo, medo de ser excluído do grupo, desejo de se divertir, forma de se afirmar e ser adulto, sensação de que resolve problemas, facilidade em obter droga.
A maioria dos toxicodependentes inicia-se com as drogas ditas “leves“, como, por exemplo a marijuana, pensando que é “só para experimentar”. Mas quando quer parar já é tarde. O caminho da dependência e das “drogas duras” fica aberto, portanto, não há “drogas leves” e “drogas duras” porque a dependência desenvolve-se para todas elas e o percurso do toxicodependente rapidamente passa das primeiras para as segundas.
A única forma de dizer “não” à dependência da droga é dizer “não “ ao seu consumo.
Na “sombra” estão os que ganham dinheiro com o negócio da droga, os barões da droga, os intermediários, os passadores … verdadeiros abutres vendedores de tragédias humanas…, aos quais devemos gritar bem alto NÃO.
Prevenir o consumo de drogas
Quando somos jovens sentimo-nos transbordar de vida, temos a sensação que nada nos pode destruir, mas mais vale prevenir do que remediar logo devemos:
• nunca aceitar qualquer alimento ou bebida que um  estranho te queira oferecer ( a droga pode disfarçar-se de muitas formas);
• conversar com os pais ou outras pessoas de confiança para esclarecer as dúvidas e os receios;
• manter-se informado  e dar atenção às campanhas de prevenção (na internet, na televisão e no centro de saúde;
• ocupar os tempos livres com desporto, actividades e hobbies interessantes e evitar frequentar locais onde se consome droga.

       

Certamente é uma utopia pensar num mundo sem drogas, mas não num mundo com menor consumo

domingo, 10 de julho de 2011

Mais vale prevenir do que remediar...

 
Prevenir a doença
Dos inúmeros seres vivos existentes em todos os meios que podem ser agressivos para o nosso organismo e provocar doenças, a maior parte é invisível aos nossos olhos, pois são seres microscópicos  e genericamente designados por micróbios patogénicos. Apesar de abundantes em certos ambientes e raros noutros, os micróbios podem encontrar-se um pouco por toda a parte, desde os gelos polares até às altas temperaturas próximas das crateras vulcânicas e às areias secas do deserto. Podem evitar-se doenças provocadas por micróbios patogénicos através dos seguintes meios de prevênção:
• eliminação dos micróbios no ambiente pela prática de higiene ambiental;
• destruição e eliminação dos micróbios que entram em contacto com o organismo, através da higiene pessoal, antissépsia (desinfecção), e assépsia (esterilização);
• aquisição de imunidade pela vacinação, obrigando o organismo a criar anticorpos adequados.
Higiene ambiental: A higiene ambiental é da responsabilidade de todos nós. Isto implica a existência de boas condições sanitárias, sistemas de tratamento de lixo, águas residuais e águas para consumo e de medidas de conservação da Natureza.
Para evitar que o ambiente seja favorável ao desenvolvimento dos micróbios é importante promover a higiene ambiental, garantindo diferentes medidas de vigilância sanitária em casa, em espaços públicos e respeitando normas de segurança. Não custa nada adquirir comportamentos correctos, é útil para todos e serve de exemplo para quem não os tem.
Haja consciência ambiental
Higiene pessoal / assépsia / antissépsia:
Higiene pessoal: a higiene não é apenas uma questão individual. Os seres humanos vivem em sociedade e, por isso, é importante o indivíduo sentir-se em harmonia consigo próprio e com o meio que o rodeia. A higiene pessoal é um conjunto de regras que promovem e preservam a saúde individual e reduzem o risco de contágio por doenças infecciosas. As regras de higiene pessoal incluem a lavagem corporal, a lavagem dos dentes, as normas de postura, as horas de sono diárias, a prática de actividade física, a alimentação variada e equilibrada e a preservação da visão e da audição.
A importância de lavar as mãos: uma boa higiene reduz a transmissão de agentes patogénicos e o número de infecções. A lavagem das mãos correctamente com água e sabão é a forma mais simples e eficaz de nos protegermos e a todos que nos rodeiam.

             


Assépsia / antissépsia: para combater os agentes patogénicos e diminuir o perigo de contágio deve-se recorrer ainda a processos de assépsia (esterilização) e antissépsia (desinfecção).
Os processos de esterilização e desinfecção permitem o controlo do desenvolvimento dos microorganismos. São métodos essenciais no tratamento e prevenção das infecções, na prevenção da contaminação de culturas microbianas puras e nas indústrias farmacêutica e alimentar. A desinfecção consiste na remoção parcial ou total dos microorganismos patogénicos. Os agentes utilizados na desinfecção são os desinfectantes e os anti-sépticos.Os anti-sépticos impedem a multiplicação de germes patogénicos na pele e nas mucosas. O termo desinfectante é reservado para substâncias antimicrobianas utilizadas na desinfecção dos materiais inertes.
A esterilização é a completa destruição de todos os micróbios patogénicos e não patogénicos. Os agentes utilizados na esterilização são o calor e as radiações (ex: nos hospitais, o equipamento utilizado nas intervenções cirúrgicas).
Vacinação: as vacinas são formas de prevenção, pois cada vacina confere imunidade contra um determinado micróbio. A vacina é uma preparação de um microorganismo ou das suas partes, morto ou vivo alterado, com o objectivo de produzir imunidade. Quando a vacina é introduzida no organismo provoca a produção de anticorpos contra esse micróbio ou contra as suas toxinas. No caso de, mais tarde, esse micróbio invadir o organismo, alguns leucócitos, que guardaram em memória o ataque anterior fabricam rapidamente anticorpos específicos que inactivam o micróbio.
As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças. Mesmo quando a imunidade não é total, quem está vacinado tem maior capacidade de resistência na eventualidade da doença surgir. A vacinação, além da protecção pessoal, traz também benefícios para toda a comunidade, pois quando a maior parte da população está vacinada interrompe-se a transmissão da doença. A melhor forma de ficar protegido contra determinadas doenças é cumprir o calendário de vacinação pelo Programa Nacional de Vacinação (PNV). As crianças são as principais destinatárias, mas também abrange os adultos.
As vacinas salvam mais vidas do qualquer tratamento médico

Rastreios - são estudos normalmente de carácter gratuito e de participação voluntária dos indivíduos que têm finalidade a detecção precoce de determinadas doenças potencialmente fatais, permitindo aos profissionais de saúde actuarem o mais rapidamente possível no tratamento das patologias (ex: rastreios ao cancro da mama e da próstata, rastreios à osteoporose e de saúde oral).

Guerra à doença
Inimigos a abater: cancro, sida, hepatite, tuberculose e a diabetes.
O que é o cancro? Como preveni-lo?
 A palavra cancro é utilizada genericamente para identificar um vasto conjunto de doenças que se designam por tumores malignos. Os tumores malignos são muito diversos, havendo causas, formas de evolução e tratamentos diferentes para cada tipo. Há, porém, uma característica comum a todos eles: a divisão e crescimento descontrolado das células de um órgão ou tecido. O cancro é uma doença multifuncional no sentido em que pode, embora não obrigatoriamente, surgir através da influência de um ou mais factores. O ambiente, a predisposição genética, a existência de um sistema de cuidados de saúde e o estilo de vida são factores que estão na base do aparecimento desta doença.
Cada vez se sabe mais sobre as causas, sob a forma como se desenvolve e cresce, ou seja, como progride. Estão também estudadas novas formas de prevenir, detectar e tratar, tendo sempre em atenção a melhoria da qualidade de vida das pessoas com cancro, durante e após o tratamento. Todos os médicos estão de acordo ao afirmarem que a principal arma de luta contra o cancro é a prevenção e a detecção precoce.
Formas de prevenção de acordo com o Código Europeu Contra o Cancro (CECC)
Algumas formas de cancro podem ser evitadas:
1• Não fume. Se é fumador, deixe de o ser e não fume na presença de outras pessoas.
2• Modere o seu consumo de bebidas alcoólicas, tais como cerveja, vinhos e bebidas espirituosas.
3• Evite a exposição demorada e excessiva ao sol.
4• Observe as instruções de segurança e de saúde, especialmente nos locais onde se proceda à produção, manipulação ou utilização de qualquer substância que possa causar cancro.
A sua saúde beneficiará das seguintes recomendações, as quais também podem reduzir o risco do cancro:
5• Coma frequentemente frutas frescas, vegetais e cereais ricos em fibras.
6• Evite o excesso de peso e faça uso limitado de alimentos ricos em gordura.
A maioria dos cancros podem ser curados quando diagnosticados precocemente:
7• Procure o médico se encontrar qualquer tumefacção ou verificar qualquer mudança no aspecto e dimensão dum sinal pigmentado ou perdas de sangue.
8• Procure o médico se tiver problemas persistentes, tais como  tosse contínua, rouquidão persistente, alterações nos seus hábitos intestinais ou perda de peso sem explicação evidente.
Para a mulher:
9• De forma regular, obtenha citologia cérvico – vaginal.
10• De forma regular, procure obter uma observação dos seios e, sempre que possível, com intervalos regulares e depois dos 50 anos, faça uma mamografia.
Investigação constante numa área de intervenção tão importante como o cancro é inquestionavelmente necessária

Vencer a inconsciência: sol em segurança
A exposição ao Sol no campo ou na praia é um aspecto fundamental do lazer e, quando adequada é fonte de saúde: é a partir da exposição solar que o nosso organismo produz a vitamina D, fundamental ao crescimento. Porém, as radiações ultravioletas (UV) são responsáveis por muitas doenças, do cancro de pele às cataratas passando pela diminuição das defesas do organismo. A depleção da camada do ozono, responsável pela “filtragem” das radiações UV, faz com que o risco associado à exposição solar seja maior. Existe uma relação comprovada entre a exposição solar e o cancro da pele, de acordo com inúmeros estudos o aumento do número de casos de cancro está relacionado com a maior exposição às radiações ultravioletas.
As crianças estão entre os grupos mais susceptíveis aos efeitos nocivos destas radiações, uma vez que, a espessura da pele é menor e o seu sistema imunitário responsável pela defesa do organismo, ainda não está completamente funcional.
A uma maior exposição solar na infância corresponde um maior risco de melanoma na idade adulta. Daí a importância de prevenir a exposição solar excessiva das crianças.
Para prevenir o cancro de pele deve–se:
• Evitar a exposição entre as 11 e as 16 horas.
Nas horas de maior calor, procurar as sombras e os locais frescos.
• Usar um protector solar adequado ao seu tipo de pele, óculos e chapéu.
• Proteger as crianças com t-shirt escura, chapéu e protector solar adequado. Investigações australianas sobre o factor de protecção dos tecidos revelam que, ao contrário do que é hábito pensar – se, as cores escuras em qualquer tecido, protegem melhor dos raios ultravioletas.
Proteja – se e desfrute do Sol com segurança
      


A Ignorância mata: VIH/ SIDA
O VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um vírus bastante poderoso, que ultrapassando as barreiras de defesa, invade e vai destruindo os leucócitos (mais propriamente os linfócitos T) pertencentes ao sistema imunitário do organismo. Sob a acção do vírus, a função de defesa fica enfraquecida e deixa a pessoa infectada mais vulnerável a actuação de outros microorganismos patogénicos. São estes que, provocando outras doenças designadas por “doenças oportunistas” tais como: pneumonia, tuberculose, meningite, cancro, herpes cutâneo etc, acabam por levar à morte o doente com VIH.
O VIH apenas afecta humanos, só neles sobrevive e se reproduz. O VIH não se transmite pelo ar nem penetra no organismo através da pele. Há apenas três vias de transmissão: via sexual (sémen e fluidos vaginais); via materno – infantil (durante a gestação, no momento do parto ou durante o aleitamento) e via parentérica (picada com agulha ou instrumento contaminados com VIH). Por via sexual o contágio pode ocorrer em todos os tipos de relação, seja vaginal, anal ou oral. As relações com mais riscos são as anais.
O VIH é identificado no esperma, no sangue, nas secreções vaginais, no leite materno, e em menor quantidade nas lágrimas, no suor e na saliva das pessoas infectadas. A quantidade de vírus detectada na saliva, lágrimas e suor é demasiado pequena para conseguir transmitir a infecção. Fora do organismo é um vírus muito frágil, sendo destruído por desinfectantes vulgares, como o álcool ou a lexívia e pelo calor (56º).
A Sida (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a forma mais grave da infecção provocada pelo VIH. Este síndrome manifesta – se e evoluí de modo diferente de pessoa para pessoa. A Sida afecta todas as pessoas independentemente da idade, sexo, estado de saúde ou localização geográfica. Existem pessoas que, apesar de infectadas pelo VIH (seropositivas) podem nunca apresentar os sintomas da doença, podendo, no entanto, transmiti–la.
A Sida continua a não ter cura nem vacina preventiva
Apesar de não existirem fármacos capazes de eliminar por completo o vírus do organismo, os medicamentos antiretrovíricos existentes conseguem baixar a quantidade do vírus para valores mínimos e preservar a função imunológica do organismo, retardando a evolução da doença e proporcionando aos seropositivos uma maior esperança e melhor qualidade de vida.

Medidas profiláticas eficazes no combate à infecção por VIH
1• Usar sempre preservativo nas relações sexuais de risco.
2•Não partilhar agulhas, seringas, material usado na preparação de drogas e objectos cortantes.
3•Evitar o contacto directo com sangue ou outros líquidos orgânicos contaminados.



            


A prevenção é o único método verdadeiramente eficaz contra a infecção por VIH
A preocupação em forma de bactéria: a tuberculose
A tuberculose tem estado presente durante todo o desenvolvimento da Humanidade, era uma doença muito comum até ao fim do século XIX e início do século XX e representava uma importante causa de mortalidade infantil e de adultos. Com o desenvolvimento de certos antibióticos, foi uma doença considerada sob controle, porém ressurgiu em meados da década de 80 de forma preocupante. O aumento dramático do número de casos da doença ficou a dever – se, em parte, á disseminação do vírus VIH/Sida e a factores como: o empobrecimento das populações, os movimentos migratórios, a toxicodependência e às politicas de desinvestimento na luta antituberculosa.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis), conhecida como o bacilo de Kock. A bactéria pode alojar – se em diferentes órgãos (pulmões, rins, intestinos, ossos, etc ), originando diferentes tipos de tuberculose, sendo a pulmonar a mais conhecida.
Apenas os doentes com o bacilo de Kock no pulmão (tuberculose pulmonar) e que sejam bacilíferos, isto é, que eliminem o bacilo para o ar, através de tosse, espirro ou fala podem transmitir a doença. As formas de tuberculose extra pulmonar não são contagiosas.
Quando um doente com tuberculose pulmonar tosse, fala ou espirra espalha no ar pequenas gotas que contêm o bacilo de Kock. Note-se que um espirro de um doente com tuberculose projecta no ar cerca de 2 milhões de bacilos e através da tosse, cerca de 3,5 mil partículas são igualmente projectadas para a atmosfera. Uma pessoa saudável que respire o ar de determinado ambiente onde permaneceu um tuberculoso pode incorrer em 3 situações após a inalação dos bacilos:
1• conseguir eliminá-los através das suas defesas naturais.
2• os bacilos conseguem ultrapassar e vencer as barreiras naturais  causando o aparecimento de sintomas ― tuberculose doença
3• os bacilos permanecem inactivos no interior do organismo por longos períodos de tempo ― tuberculose latente. Isto significa que o indivíduo se encontra infectado pelo bacilo mas não tem sintomas, o organismo resiste e a pessoa não adoece. Contudo, por vezes o organismo resiste no momento, mas quando fragilizado por outra doença como a sida, o cancro, a diabetes ou o alcoolismo, acaba por não resistir.
Principais sintomas da doença: tosse crónica, febre, existência e persistência de suores frios, dores no tórax, perda de peso lenta e progressiva, falta de apetite, fadiga e apatia completa. Entre as pessoas que mais probabilidades têm de contrair esta infecção, contam-se os idosos, as crianças e as pessoas debilitadas por outras doenças.
A melhoria das condições de higiene, habitação e nutrição das populações, o reconhecimento e o tratamento precoce dos doentes com tuberculose são os principais requisitos para a prevenção do contágio. A vacina BCG (bacilo de Clamette e Guérin), que é aplicada nos primeiros 30 dias de vida embora não evite o contágio e desenvolvimento da doença é capaz de proteger contra as formas mais graves da doença.  
Se o doente com tuberculose pulmonar seguir a prescrição do médico e as suas indicações, as oportunidades de cura atingem os 95%. Mas, para que assim seja, é fundamental não interromper o tratamento em hipótese alguma, nem mesmo se os sintomas desaparecerem. Algumas variedades de bactérias responsáveis têm-se tornado resistentes aos antibióticos utilizados a tratar a doença, em virtude do não cumprimento das regras pelos doentes infectados, o que é preocupante.
 
        A prevenção é a arma mais poderosa


O Amargo do açúcar: a diabetes
A diabetes é uma doença endócrina (porque afecta uma hormona) e metabólica (porque interfere com o processamento dos nutrientes) que resulta do mau funcionamento do pâncreas. O pâncreas é um órgão do sistema digestivo que tem, entre outras funções, a função de produzir a insulina, uma hormona que serve para o corpo conseguir utilizar a glucose (açúcar) existente nos alimentos Quando o pâncreas adoece e deixa de produzir insulina ou não consegue produzir em quantidade suficiente, o indivíduo torna – se diabético.
O que é a glucose?
A glucose é um açúcar que existe em diferentes tipos de alimentos e que, após a digestão desses alimentos, é absorvida para o sangue onde é transportada para as células, servindo para produzir a energia necessária ao funcionamento do organismo. Para que a glucose possa ser aproveitada pelas células é necessária a insulina. A existência de glucose no sangue é necessária a todas as pessoas para garantir funções vitais como a respiração, circulação, digestão e as actividades da vida diária (pensar, andar, trabalhar, dançar, praticar exercício, etc.)
Existem três tipos de diabetes: a diabetes tipo I, a diabetes gestacional e a diabetes tipo II
Diabetes tipo I (diabetes insulino dependentes) – é a mais rara. A diabetes tipo I afecta, crianças, adolescentes e adultos jovens, e é a forma mais grave de diabetes, em que o pâncreas é completamente incapaz de fabricar insulina, pelo que os indivíduos com este tipo de diabetes necessitam de fazer uma ou mais injecções de insulina diariamente para sobreviver.
Diabetes gestacional – surge durante a gravidez e desaparece, habitualmente, quando concluído o período de gestação. No entanto, é fundamental que as grávidas diabéticas tomem medidas de precaução para evitar que a diabetes tipo II se instale mais tarde no organismo.
Diabetes tipo II (diabetes não insulino dependentes) – é a mais frequente (90% dos casos). O pâncreas produz a insulina, mas as células do organismo oferecem resistência à acção da mesma. O pâncreas vê–se, assim, obrigado a trabalhar cada vez mais até que a insulina produzida se torna insuficiente e o organismo tem cada vez mais dificuldade em absorver o açúcar proveniente dos alimentos. A diabetes tipo II é uma doença muito frequente na sociedade actual, principalmente devido aos excessos alimentares e ao elevado grau de sedentarismo das populações. A obesidade é a causa principal da diabetes nos adultos depois dos 40 anos de idade, embora os adultos mais novos sejam cada vez mais afectados.
A diabetes é uma doença crónica para a qual não há cura
O tratamento da diabetes baseia-se numa dieta correcta, actividade física regular e medicação adequada à capacidade de funcionamento do pâncreas (comprimidos antidiabéticos ou injecções de insulina). A diabetes não tratada ou descompensada tem complicações que atingem diferentes órgãos e podem pôr em risco a vida do diabético. As mais frequentes são: a cegueira, a gangrena do pé, as infecções, a insuficiência renal, as doenças do coração, a hipoglicémia e o coma diabético.
As pessoas com maior risco de ter diabetes são:
1• os familiares de diabéticos;
2• as pessoas com excesso de peso;
3• as mães que deram à luz recém-nascidos com peso superior a 4 quilos.
A prevenção da diabetes faz-se evitando as causas desencadeantes da doença tais como: alimentação pouco saudável (excesso de doces e alimentos ricos em açúcar), obesidade, falta de actividade física regular e stress permanente.
• O diabético tem um papel fundamental no controle da sua doença pois deve aprender a adaptar o seu tratamento aos níveis de glucose existentes no sangue, à actividade que pratica e à alimentação que faz.
• Tem também de aprender a alimentar-se correctamente, a conhecer os sinais de hipoglicémia (baixa de açúcar no sangue) e os cuidados de higiene a ter nomeadamente com os pés para prevenir ou tratar precocemente as complicações.
• Tendo necessidade de fazer regularmente injecções de insulina deve aprender a fazê-lo sozinho, para não estar continuamente dependente de terceiros. Deve saber medir os níveis de glucose no sangue utilizando as tiras de glicémia, os níveis de glucose na urina ou pesquisar a presença de acetona.
         

O diabético é o melhor aliado do médico e um elemento indispensável ao sucesso do tratamento
Doença silenciosa: a hepatite
O fígado assegura funções metabólicas importantes variadas (produção da bilís, desintoxicação e eliminação de substâncias tóxicas, fabricação de factores de coagulação, etc.) A hepatite é uma inflamação no fígado que, dependendo do agente que a provoca, se pode curar apenas com repouso, requerer tratamentos prolongados, ou mesmo um transplante de fígado quando se desenvolvem complicações graves de cirrose com falência hepática, ou o cancro no fígado, que podem levar à morte.
As hepatites podem ser provocadas por 6 tipos de vírus diferentes (VHA, VHB, VHC, VHD, VHE,e VHG), a que correspondem as hepatites (A, B, C, D, E, e G), e também pelo abuso de álcool e medicamentos, doenças metabólicas ou reacções auto-imunes (reacção do organismo contra as suas próprias células). As hepatites auto-imunes atingem sobretudo as mulheres entre os 20 e 30 anos e entre os 40 e 60 anos, e geralmente transformam-se numa doença crónica, e evoluem sempre para a cirrose quando não são tratadas.
Unicamente as hepatites provocadas por vírus são transmissíveis e distinguem-se sobretudo devido à sua estrutura genética, o seu modo de transmissão, a sua perigosidade e possibilidade de tratamento. A infecção é frequentemente assintomática (sem sintomas). Mesmo em casos de infecção crónica as pessoas não têm sintomas durante anos, ou mesmo décadas, no entanto podem surgir os seguintes sintomas: febre, fadiga, dores articulares, falta de apetite, náuseas e vómitos, dores na zona abdominal superior direita, urina de cor escura, coloração amarelada dos olhos e/ ou pele (icterícia). Em casos raros, a infecção pode ter uma evolução fulminante, levando à morte por paragem da função hepática.   
 Atenção: a icterícia pode ter outras causas que não a hepatite.
Os vírus da hepatite podem ser transmitidos através da água e de alimentos contaminados com matérias fecais (A e E), pelo contacto com sangue contaminado (B, C, D E e G), e por via sexual (B, C e D). Os vírus da hepatite têm períodos de incubação diferentes. As hepatites A e E não se tornam crónicas, enquanto a passagem à situação de cronicidade é bastante elevada na hepatite C e comum nas hepatites B,D e G.
Os doentes com hepatite crónica podem ter um quotidiano muito próximo do normal, não sendo necessário ficarem inactivos, isolados dos demais ou cumprir dietas rígidas, mas devem conhecer as suas limitações e aprender a viver com a hepatite.
Precauções a ter para não ser “apanhado” por alguns vírus de hepatites
• utilização de material de injecção limpo;
• comportamento sexual apropriado (uso do preservativo);
• higiene diária―não usar ou estar em contacto com utensílios que possam conter restos de sangue (lâminas de barbear, escovas de dentes, etc), beber unicamente água tratada, hábitos de higiene saudáveis;
• vacinar―quando possível.
Indivíduos que devem ser vacinados
• consumidores de droga via endovenosa;
• pessoas sexualmente activas que mudem de parceiro com frequência ou ocasionalmente;
• crianças entre 11 e 15 anos;
• grupos de profissionais específicos;
• seropositivos.
As vacinas contra as hepatites não dispensam as precauções que devem ser tomadas quer nos relacionamentos sexuais quer no consumo de drogas por via endovenosa, pois continua a haver o risco de infecção pelo VIH/Sida e VHC.


A prevenção comportamental é a atitude correcta

O difícil equilíbrio entre o Homem e a Natureza
Com acesso a mais recursos, a Humanidade cresceu e contínua a crescer a um ritmo preocupante, o que, por sua vez, implica uma utilização de mais e mais recursos. Por essa razão, o Homem deixou de viver em harmonia com o ambiente e tornou-se na sua principal ameaça. É da qualidade destes recursos que depende a saúde e o bem-estar de todos os seres vivos.
O Homem, com a sua intervenção na Terra criou um fenómeno novo e devastador ― a poluição ― , que consiste na alteração das características da água, do ar ou do solo, alteração esta capaz de prejudicar o meio ambiente, com resultados profundamente nefastos para o Homem.
“Tudo o que é contra a Natureza é contra o Homem”
Cada indivíduo pode ser um agente poluidor nas suas actividades quotidianas. As causas de cada tipo de poluição estão relacionadas com as diferentes actividades humanas e todas têm efeitos negativos na saúde humana e nos ecossistemas.
Poluição da água: a poluição da água não afecta apenas os ecossistemas e organismos aquáticos interfere também com os solos que contactam com essa água e afecta os seres humanos que a utilizam para consumo. A hepatite A, a difteria e a cólera são exemplos de doenças cujos os agentes são transmitidos pela água.
Poluição do ar: a poluição atmosférica é resultante da presença de gases tóxicos e partículas no ar expelidas pela indústria, pela queima de carvão e derivados do petróleo. A poluição do ar está na origem de doenças do sistema respiratório como a asma, a bronquite e as alergias. A elevada quantidade de monóxido de carbono existente na atmosfera, afecta o transporte de oxigénio pelos glóbulos vermelhos, diminuindo a resistência do ser humano ao esforço. Os poluentes atmosféricos fazem aumentar as taxas de mortalidade por doenças pulmonares crónicas. A poluição atmosférica é responsável pela redução da camada do ozono e pelo aparecimento de cancro na pele.
         

Poluição do solo: a poluição dos solos, resultantes da acumulação de lixos não tratados, pesticidas e fertilizantes pode afectar a qualidade dos alimentos e provocar intoxicações e envenenamentos fatais. Os efeitos indesejados dos pesticidas sobre a saúde dependem da dose, da via e do tempo de contacto, e são causa de vómitos, diarreias, dores de cabeça, convulsões, cancro, coma e morte. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) todos os anos, cerca de 25 milhões de pessoas são afectadas pela poluição dos solos e dessas cerca de 200 mil morrem.
Poluição radioactiva: As substâncias radioactivas são tão nocivas para os seres vivos que foram utilizadas em armas de destruição massiva. O contacto com as radiações pode provocar a morte imediata, cancro e malformações nos descendentes. Além disso, os efeitos da radiação persistem durante centenas ou milhares de anos. Os veículos deste tipo de poluição são: o ar, a água e o solo.
Poluição sonora: o som é uma forma de energia natural, que dentro de certos limites, é agradável e contribui para uma melhor qualidade de vida. Mas quando o som é muito alto e nos incomoda, designamo-lo por ruído, e na medida em que prejudica o nosso organismo, torna-se numa forma de poluição, apesar de não deixar resíduos. A poluição sonora é originada por sons de elevada intensidade produzidos por máquinas de construção civil, trânsito automóvel e actividades industriais. A exposição prolongada a níveis de ruído elevado ― cerca de 75 decibéis ― afecta o organismo, embora a tolerância varie de pessoa para pessoa. Além dos problemas auditivos, pode causar stress, perturbações do sono, impedir a aprendizagem e afectar de forma permanente os sistemas nervoso e cardiovascular.
Alerta: segundo um estudo produzido pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente, pelo menos cerca de 50 mil pessoas morrem anualmente na União Europeia, devido a ataques cardíacos causados pelo excesso de ruído rodoviário e ferroviário.

Poluição sonora - Fenómeno mundial

 A poluição sonora pode ser criada pelo próprio indivíduo. Ouvir música utilizando auscultadores com volume elevado, durante muito tempo, pode provocar lesões auditivas permanentes. Os cientistas da União Europeia alertam para o alto risco dos MP3. Os seus utilizadores afim de protegerem a sua audição devem seguir algumas precauções tais como: manter o volume mais baixo e não utilizar o leitor durante longos períodos.

       



A Humanidade/ Terra estão sofrendo.

                 
Mas…
       
... se o Homem reformular a sua relação com a Natureza, assegurando um desenvolvimento sustentável ainda irá a tempo ... de salvar a Terra e de se salvar a si próprio da extinção.