terça-feira, 19 de julho de 2011

Nutrição é Vida: dos insectos estaladiços ao hamburger

Todos os seres vivos necessitam de se alimentar para sobreviver.
No ser humano a alimentação é, sem dúvida, o principal factor condicionante da saúde. Desde que nascemos que a alimentação é muito importante para o nosso desenvolvimento, dependendo dela a possibilidade de diminuir ou aumentar o risco do aparecimento de certas doenças. Por esta razão, é importante saber escolher os alimentos. Esta aprendizagem deve começar cedo, visto haver tendência de os hábitos alimentares se manterem durante toda a vida. Assim, o organismo deve receber uma alimentação equilibrada, pois, se não ingere alimentos em quantidade e qualidade adequadas, não se desenvolve correctamente, não cria defesas para resistir a doenças e envelhece antes do tempo. No entanto, uma alimentação com excessos é tão perigosa para a saúde como uma alimentação insuficiente. Comer bem não significa comer muito e quanto mais variada for alimentação, melhor.



“O Homem é o único animal que não come segundo as suas necessidades.”
                                      Isabel do Carmo em Saúde em tempo de risco.
Esta frase demonstra-nos que o Homem nem sempre respeita as necessidades do organismo: a maioria das vezes voluntariamente e muitas vezes obrigado por circunstâncias alheias à sua vontade.
Uma alimentação desequilibrada acarreta numerosas complicações de diferente grau de complexidade e gravidade. Pode provocar problemas de cansaço, de memória, de digestão, cáries e doenças como: a diabetes, a arterosclerose, a obesidade, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outras.

Comer demasiado: obesidade
A obesidade é uma doença que se caracteriza pela acumulação excessiva de gordura corporal, ou seja, excesso de peso. Pode ter várias causas. Uma dieta desequilibrada, a ansiedade, o sedentarismo ou origem genética. Pode ter consequências graves como: a diabetes, doenças cardiovasculares, problemas respiratórios, etc.
A obesidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como sendo a doença do século XXI. A obesidade é uma epidemia que afecta o mundo inteiro: actualmente mil milhões de pessoas sofrem de excesso de peso.
 Segundo o mesmo organismo uma em cada dez crianças é obesa. Crianças obesas têm fortes probabilidades de se tornarem adultos obesos com graves problemas de saúde.
Há que contrariar os hábitos que enchem a infância de muitos quilos a mais: gorduras excessivas, muitos doces, muitas horas em frente da televisão e ao computador, pouco exercício físico, etc.
Por outro lado, estudos comprovam que o marketing e a publicidade aos produtos alimentares para crianças influenciam as suas preferências, condicionam a decisão de compra e os hábitos de consumo. A maioria destes alimentos têm excesso de gordura, açúcar e sal.

Alerta: saber dizer não. Os adultos devem negar com firmeza a compra desses produtos, explicando às crianças, de forma concisa e clara a razão da sua negação, sugerindo em seguida, produtos mais saudáveis.

Gordura não é formosura e faz mal à saúde.



Comer mal: anorexia e bulimia
A anorexia nervosa é um distúrbio em que o indivíduo recusa alimentar-se, manifestando um medo anormal de engordar. A anorexia conduz ao desaparecimento do tecido muscular, ao qual o organismo recorre para obter a energia de que necessita, visto não a poder obter através de uma alimentação regular e equilibrada.
Afecta principalmente jovens do sexo feminino com problemas psicológicos nomeadamente uma baixa auto-estima (complexos), que acabam por ter uma imagem distorcida da sua real imagem, pois mesmo extremamente magras continuam a ver-se gordas. Como consequência pode ocorrer desnutrição grave e distúrbios físicos e mentais que podem causar a morte.
 A bulimia nervosa caracteriza-se por uma preocupação com a imagem corporal e com o peso. Afecta principalmente jovens do sexo feminino, caracterizando-se pela ingestão de grande quantidade de alimentos rapidamente (compulsivamente) sem fome nem prazer, seguindo-se a tentativa de expulsão dos mesmos através do vómito ou da utilização de laxantes, causada por sentimento de culpa.
Causa lesões na boca e no tubo digestivo e pode provocar carência de minerais e vitaminas. Estes factores poderão ter efeitos muito prejudiciais na saúde, podendo ser mortais.

A moda e a magreza associadas à ideia de beleza e sucesso contribuem para o desenvolvimento destas doenças.

Mal comer: fome



A fome é a falta de nutrientes indispensáveis na alimentação diária. Afecta o crescimento e o desenvolvimento intelectual, e diminui a resistência às doenças. Mais de 800 milhões de pessoas passam fome, estima-se que a fome mata todos os dias 25000 dessas pessoas, muitas delas crianças.


Uma alimentação equilibrada e suficiente é aquela que fornece ao organismo todos os nutrientes necessários à Vida e nas quantidades adequadas.
As necessidades do organismo variam de pessoa para pessoa, com a idade, o género, o estado de saúde, o clima da região onde vive, a sua actividade principal, etc. Portanto, comer bem não significa comer muito.
Para nos ajudar a fazer uma alimentação equilibrada, existe a Roda dos Alimentos.
A Roda dos Alimentos aconselha, em cada refeição, a:



• Escolher, pelo menos, um alimento de cada sector;
• Variar o mais possível os alimentos dentro de cada sector, pois eles são semelhantes entre si;
• Comer em maior quantidade os alimentos dos sectores de maior área da roda e em menor quantidade os alimentos dos sectores de menor área.


Cuidados a ter com a alimentação

Seguir as informações dadas pela Roda dos Alimentos;    
Tomar sempre um bom pequeno almoço;
Comer pelo menos de três em três horas;
Diminuir o consumo de gorduras, açúcar e sal;
Evitar comer em exagero, pois dificulta a digestão e dilata o estômago;
Não consumir bebidas alcoólicas nem refrigerantes;
Preparar convenientemente os alimentos.
           

Amiga de longa data: a sopa

O hábito alimentar de comer sopa encontra-se enraizado nas culturas dos povos do sul da Europa desde o período Neolítico. Julga-se que o início da técnica de cozedura de alimentos em água tenha surgido há cerca de cinco mil anos, aquando da invenção de recipientes à prova de calor, proporcionando inúmeras vantagens sobre a cozedura em ar quente por cima de fogueira comummente usada pelos nossos antepassados. A sua confecção evoluiu ao longo dos tempos. 
 
O consumo da sopa tem vindo a desenraizar-se dos hábitos alimentares dos Portugueses com consequências nefastas, principalmente para as crianças/jovens, já que o consumo de legumes era feito, quase na totalidade, através dela.

A relutância em consumir estes alimentos, aliada ao aceleramento do ritmo de vida, à moderna comida plástica e à sua  conotação com a pobreza, apresentam como consequências imediatas indivíduos com problemas nutricionais e, portanto, mais susceptíveis a contrair determinadas doenças.

A sopa é um hábito a recuperar

A Magia da sopa:

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=A-importancia-de-comer-uma-sopa.rtp&headline=20&visual=9&tm=2&article=287854
• É de fácil digestão;                                          
• É reguladora do apetite;
• Oferece uma grande riqueza de vitaminas e sais minerais; 
• Tem uma grande quantidade de fibras;                                  
• Não produz substâncias cancerígenas;
• Previne a obesidade, não engorda;
• É importante para o bom funcionamento do intestino;
• É reguladora dos níveis de colesterol, prevenindo as doenças cardiovasculares;
• Equilibra dietas desequilibradas;
• Fornece ao organismo consideráveis quantidades de água.
      

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